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Violência contra médicos exige resposta urgente: leis, segurança e respeito já!

A violência contra médicos e profissionais de saúde é um problema que precisa de enfrentamento urgente e eficaz. Este tema, que já ocupa

A violência contra médicos e profissionais de saúde é um problema que precisa de enfrentamento urgente e eficaz. Este tema, que já ocupa lugar de destaque na pauta pública, tornou-se uma questão de sobrevivência para aqueles que se dedicam a salvar vidas. De agressões verbais a ataques físicos, os números são alarmantes: mais de 38 mil ocorrências foram registradas entre 2013 e 2024, segundo levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM). Dentre esses casos, destaca-se o brutal assassinato do médico Edvandro Gil Braz, em Douradina, Mato Grosso do Sul, uma tragédia que escancarou a gravidade da situação.

Esse cenário reflete uma crise sistêmica no Sistema Único de Saúde (SUS), que, apesar de ser uma das maiores conquistas da saúde pública no Brasil, enfrenta uma demanda crescente sem a infraestrutura necessária. Médicos e equipes de saúde, que deveriam ser protegidos e valorizados, tornam-se alvos de frustração e violência. A aprovação do Projeto de Lei nº 4.002/2024, que propõe incluir atos de agressão contra profissionais da saúde como crimes hediondos, é uma medida essencial, mas que precisa ser acompanhada por outras ações integradas.

A precariedade do sistema de saúde é um fator-chave nesse contexto. A falta de leitos, equipamentos, medicamentos e equipes adequadas transforma hospitais e postos de saúde em locais de tensão permanente. Pacientes, desesperados pela demora no atendimento, frequentemente direcionam sua insatisfação contra médicos e enfermeiros, ignorando que esses profissionais também são vítimas de um sistema falho. É imprescindível que gestores públicos invistam na ampliação de recursos, organização dos fluxos de atendimento e fortalecimento das equipes de saúde, como forma de reduzir o estresse e prevenir confrontos.

Outro aspecto alarmante é a ausência de segurança nos ambientes de atendimento. Em muitos locais, o foco da vigilância recai sobre a proteção patrimonial, deixando médicos e pacientes vulneráveis a agressões. A presença de agentes de segurança treinados seria uma medida eficaz para evitar incidentes, protegendo tanto os profissionais quanto os usuários do sistema. A segurança física não pode ser um privilégio, mas uma garantia básica para o pleno funcionamento do sistema de saúde.

Além disso, o silêncio de muitos médicos agrava o problema. Descrentes da eficácia das autoridades, temerosos de retaliações e desestimulados pela burocracia, muitos profissionais optam por não denunciar agressões, perpetuando um ciclo de impunidade. É essencial criar canais seguros e eficientes para que esses casos sejam reportados, bem como conscientizar a sociedade sobre a gravidade da violência contra a classe médica.

A solução para essa crise exige uma abordagem multifacetada. A aprovação de leis mais rigorosas, como o PL 4.002/2024, é um passo importante, mas não suficiente. É preciso implementar campanhas de conscientização em massa que transformem a percepção da sociedade sobre médicos e profissionais da saúde, promovendo uma cultura de respeito e valorização. Durante a pandemia de Covid-19, esses profissionais foram exaltados como heróis; agora, é hora de garantir que seu trabalho seja reconhecido e protegido em tempos de normalidade.

A responsabilidade por essa transformação é coletiva. Governos, instituições de saúde, órgãos de classe e a sociedade em geral precisam unir esforços para garantir que médicos e demais profissionais de saúde possam exercer sua missão com dignidade e segurança. Investir em infraestrutura, fortalecer a segurança nos postos de atendimento e promover uma mudança cultural em relação ao respeito por esses profissionais são medidas que caminham juntas para solucionar essa crise.

Por fim, o CFM faz um apelo para que todas as ações propostas se transformem em medidas concretas. A saúde de uma sociedade começa pelo respeito àqueles que a sustentam. Médicos e profissionais da saúde não podem continuar sendo alvos de violência em seus locais de trabalho. O Brasil precisa garantir que o ambiente de assistência seja um espaço de paz, onde vidas sejam salvas com segurança e respeito mútuo.

Com informações Correio do Estado

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