
Certamente o texto apresentado, pelo head de Produtização da A3Data, Gabriel Bueno, no Medicina S/A, é uma verdadeira obra que expõe de maneira técnica e estratégica um problema que, embora bastante específico, ecoa em praticamente todos os setores do sistema de saúde: o desafio do ciclo de receita hospitalar. É impressionante como, mesmo com a complexidade do tema, as palavras de Gabriel Bueno e os dados da Deloitte conseguem traduzir a urgência de transformar processos desgastados em operações mais eficientes e sustentáveis. Mas agora, vamos fazer algo mais relevante: uma análise profunda para você, leitor do Sociedade Médica, que vive e sente na pele os impactos dessas questões.
Você já parou para pensar em quanto tempo é desperdiçado em processos burocráticos dentro de sua instituição? É provável que o número assuste. Agora imagine o que representaria uma redução de 41% a 50% no tempo dedicado ao ciclo de receita hospitalar. Esse dado, apresentado pela Deloitte, não é apenas um número aleatório; é uma provocação direta para que você repense a forma como sua instituição opera. Afinal, não estamos mais em uma era em que erros operacionais ou glosas podem ser aceitos como “parte do processo”. Não! Eles são o sintoma de um sistema que precisa urgentemente de cura tecnológica.
Os desafios descritos no texto não são abstratos ou distantes. Eles são reais, cotidianos, e afetam diretamente a experiência dos pacientes, os resultados financeiros e, em última instância, a sustentabilidade do sistema de saúde. É difícil ignorar como problemas aparentemente simples, como a parametrização de contratos ou a dependência de recursos manuais, acabam gerando um efeito cascata que compromete toda a operação.
Agora, pense comigo: quanto custa, em termos de desgaste humano e financeiro, manter equipes administrativas sobrecarregadas, lidando com processos manuais, repetitivos e propensos a erros? Além disso, a alta rotatividade de colaboradores, mencionada de forma muito clara no texto, só intensifica o problema. E quem paga por isso no final? Você, sua equipe e, sobretudo, o paciente. A burocracia se torna o vilão, desviando o foco do que realmente importa: um atendimento de qualidade e centrado na pessoa.
A grande sacada aqui é como a Inteligência Artificial Generativa (GenAI) aparece como um divisor de águas. Não estamos falando de uma solução futurista ou inacessível, mas de uma tecnologia que já está à disposição e que, se implementada corretamente, pode transformar não apenas os processos operacionais, mas toda a cultura organizacional. A criação de Agentes de IA que digitalizam e automatizam decisões pode parecer algo distante, mas é justamente essa abordagem que permitirá eliminar erros, reduzir o retrabalho e, o mais importante, devolver à equipe administrativa o tempo necessário para focar no que realmente importa.
E não vamos nos enganar: implementar tecnologias como a IA Generativa não é uma escolha opcional. Em um cenário em que os custos aumentam exponencialmente devido ao envelhecimento populacional e à maior demanda por serviços prolongados, a digitalização do ciclo de receita deixa de ser um diferencial competitivo para se tornar uma questão de sobrevivência. É isso que o texto nos mostra: ou você adapta sua instituição às novas realidades tecnológicas, ou verá seus resultados financeiros e a qualidade do atendimento ao paciente serem engolidos por um sistema ineficiente.
Outra questão que merece destaque é o impacto da glosa. Você sabe bem como essa palavra causa calafrios em qualquer gestor hospitalar. Não há nada mais frustrante do que realizar um procedimento, garantir o melhor atendimento ao paciente, apenas para descobrir semanas depois que a operadora recusou o pagamento por uma falha no processo administrativo. Esse ciclo de frustração e retrabalho, além de prejudicar o caixa da instituição, afeta diretamente a moral das equipes. E é aí que entra a GenAI, com sua capacidade de rastrear cada etapa do ciclo de receita, prevenindo falhas antes que elas se tornem problemas gigantescos.
Mas é importante lembrar que a tecnologia, por si só, não resolve tudo. Como o texto sabiamente aponta, é essencial identificar as etapas críticas e as principais dificuldades do ciclo. Isso exige um olhar profundo e criterioso para dentro da instituição, mapeando processos e criando uma estratégia de implementação que considere as particularidades de cada organização. Afinal, não basta automatizar; é preciso integrar, alinhar e, sobretudo, capacitar as equipes para essa nova realidade.
Aqui, uma reflexão pessoal: você, como gestor ou profissional da saúde, tem o poder de liderar essa transformação. É natural que mudanças tragam resistência. Muitos vão dizer que é caro, complicado ou desnecessário. Mas pense no seguinte: o que custa mais caro? Continuar operando com processos ineficientes, acumulando glosas e desgastando sua equipe, ou investir em uma solução que pode revolucionar sua operação e garantir a sustentabilidade de sua instituição a longo prazo?
Outro ponto crucial destacado no texto é a questão do conhecimento tácito. Em muitas instituições, processos críticos ainda dependem de indivíduos específicos, que detêm “segredos” operacionais. Essa prática não apenas limita a eficiência, mas cria um risco enorme em caso de saída desses profissionais. A construção de processos independentes de conhecimento tácito, mencionada como imperativa, é mais do que uma recomendação; é uma necessidade urgente para garantir a continuidade e a excelência dos serviços.
Por fim, vale destacar o tom otimista do texto. Ele não apenas expõe os problemas, mas oferece um caminho claro para a solução. E essa solução não é apenas técnica, mas estratégica e cultural. Adotar a GenAI e outras tecnologias avançadas no ciclo de receita é, acima de tudo, uma decisão de liderança. É você, leitor, quem tem o poder de transformar sua instituição, de romper com a burocracia e de colocar o foco de volta no que realmente importa: o paciente.
Então, aqui vai o meu convite: não veja o texto como um relatório técnico ou uma análise fria de dados. Veja-o como um chamado à ação. A saúde, como sabemos, não espera. E, em um setor onde cada minuto conta, o tempo para agir é agora. Faça isso por sua equipe, por seus pacientes e pela sustentabilidade da sua instituição. Afinal, a transformação do ciclo de receita hospitalar não é apenas uma questão de eficiência operacional, mas de garantia de futuro para todo o sistema de saúde.
Com informações Medicina S/A