
Imagine-se no silêncio da noite, tentando encontrar o descanso em um mundo onde 73 milhões de brasileiros sofrem com insônia. Não é apenas uma estatística; é uma realidade que afeta profundamente a saúde mental e física de muitos, incluindo figuras públicas como Claudia Leitte e Sandy, que já compartilharam suas batalhas com o problema. Talvez você também esteja nessa luta silenciosa, onde o sono se torna uma conquista árdua.
A insônia, conforme aponta a Associação Brasileira do Sono (ABS), não escolhe vítimas ao acaso. Ela é mais prevalente entre as mulheres, devido, em parte, às influências hormonais que se intensificam após a puberdade. Para os homens, o problema também se manifesta, mas em padrões distintos. No entanto, independentemente de gênero, o impacto é universal: dificuldade em adormecer, noites interrompidas, e o temido despertar precoce que rouba preciosas horas de descanso.
Você sabia que a insônia pode ter diferentes formas? Ana Carolina Dias Gomes, neurologista e especialista em Medicina do Sono, esclarece que existem subtipos que afetam de maneiras diversas. Há a insônia inicial, onde o sono simplesmente não vem, muitas vezes ligada à ansiedade. A insônia de manutenção, por sua vez, é marcada por despertares frequentes, frequentemente associada a transtornos como a apneia. E há a insônia terminal, ou despertar precoce, que, segundo a especialista, tem fortes ligações com a depressão. Você consegue se imaginar nesse ciclo exaustivo?
Além do desconforto, a insônia crônica, que persiste por mais de três meses, pode agravar problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade. É um ciclo vicioso: menos sono piora o humor, o que, por sua vez, agrava ainda mais a dificuldade de dormir. Segundo a médica, a privação do sono também ativa o sistema de “luta ou fuga”, deixando o indivíduo em constante estado de alerta. Isso não apenas piora os sintomas de estresse e ansiedade, mas também eleva riscos físicos, como pressão arterial alta.
Mas, e se fosse possível virar o jogo? A resposta pode estar nas estratégias de higiene do sono. Pense nisso: ao adotar hábitos simples, como evitar estimulantes à noite, ajustar o ciclo circadiano com exposição à luz natural pela manhã, e criar rotinas relaxantes, você pode transformar sua relação com o sono. Atividades físicas matinais, desligar telas brilhantes antes de dormir e reduzir as luzes à noite são passos práticos que podem fazer toda a diferença.
Talvez você já tenha experimentado ficar na cama, lutando contra o sono que não vem. Isso só aumenta o estresse, não é? Ana Carolina recomenda algo contraintuitivo, mas eficaz: levante-se. Faça algo que induza o sono, como ler um livro sob luz baixa. É uma dica simples, mas poderosa para reprogramar sua mente e corpo.
A insônia não precisa ser sua sentença. Compreender seus gatilhos, buscar estratégias que funcionem para você e, se necessário, procurar ajuda médica, são passos fundamentais para recuperar noites tranquilas. E lembre-se, essa luta é compartilhada por milhões de pessoas ao redor do mundo. O sono é mais do que descanso; é o combustível para sua saúde, humor e bem-estar.
Agora, a questão é: você está pronto para dar o primeiro passo em direção a noites melhores? Se sim, comece hoje mesmo, porque transformar sua rotina pode transformar sua vida. Afinal, cada noite de sono recuperado é uma vitória pessoal e um investimento na sua saúde futura.
Com informações Portal Terra